Na modernidade houve duas acusações que perseguiram a igreja: ser opressora e “infantilizante”. Karl Marx viu nas instituições religiosas dos seus dias os instrumentos de injustiça e alienação sociais. Já Sigmund Freud entendeu que a religião formava neuroses e castrava o desenvolvimento pessoal. Resultado: as igrejas na Europa ficaram vazias. O clima anticlerical recrudesceu. Rejeitou-se a herança cristã.
Neste início do terceiro milénio, a rejeição à herança cristã, particularmente no Brasil, tem acontecido por outras razões. Uma delas é o encantamento gerado pelo mercantilismo, estimulado pelo número crescente de consumidores nas igrejas evangélicas.
As organizações, empresas e pessoas que giram à volta do universo de interesses das igrejas evangélicas muitas vezes est\ao ligadas ao mundo atual, não pela diferença, mas sim pela semelhança ao mundo globalizado, pragmático e consumista.
Em vez de fazer a diferença, o chamado “segmento” evangélico — seja na esfera comercial, pública ou política — é apenas mais um no conjunto do que já existe.